Na verdade não existem dicas específicas para essa fase final de preparação para os vestibulares: o estudante deve manter sua rotina de estudos intercalando sempre momentos de descontração, descanso e lazer aos períodos de concentração exigidos durante as aulas e as horas de estudo em casa. A essas alturas da vida de estudante, todos os alunos já descobriram qual é a sua melhor forma de estudar: conhecer seus “pontos fortes”, suas habilidades especiais em relação a aprender, podem tornar o estudo – até mesmo o preparo para provas que envolvem extrema competitividade como os vestibulares – uma tarefa produtiva e até mesmo agradável, apesar do eventual stress que é natural incomodar à medida que as principais provas se aproximam. Saber lidar com essa ansiedade é essencial: sentir-se preparado a apoiado (está aí a contribuição maior da família aos vestibulandos) traz segurança e autoconfiança ao estudante, garantindo-lhe equilíbrio emocional para ter um bom desempenho. Organização e planejamento contam muito nessa hora: é tempo de iniciar as revisões programadas de todo o conteúdo, com especial atenção as matérias que são prioritárias para a carreira escolhida, além do esforço direcionado para as áreas em que o estudante tem maiores dificuldades: ainda dá tempo de tentar acabar com elas!
2- Dicas de leitura: quais são os assuntos do cotidiano que os vestibulandos devem ficar atentos?
Estar plugado nos assuntos relevantes do cotidiano faz parte da rotina do vestibulando antenado: questões sociais, políticas e científicas (locais e globais) que mobilizam a opinião pública e de especialistas, gerando debate e ocupando espaço na mídia devem ser de domínio do candidato a uma vaga no ensino superior. Temas como a aprovação da lei de biossegurança e a liberação da pesquisa com células-tronco; a expansão das fronteiras agrícolas na Amazônia; biocombustíveis; a crise financeira norte-americana e suas conseqüências mundiais; os conflitos no oriente médio, etc. são exemplos de assuntos que podem estar presentes nas questões das provas ou mesmo fornecer subsídios para argumentação consistente na produção da redação. É fundamental, portanto, que o estudante reserve um tempo semanalmente para cuidar dessa atualização, lendo jornais, revistas ou outras mídias que lhe tragam esses subsídios.
3 - Dicas para melhor aproveitamento do cursinho
Não há segredo no sucesso que muitos alunos alcançam nos vestibulares: há muito trabalho, dedicação diária, paciência e uma boa dose de estratégia. Algumas dicas para que se aproveite bem tudo o que um bom curso preparatório para o vestibular oferece:
1. Extrema concentração durante as aulas – garante o entendimento dos conteúdos.
2. Dedicação e perseverança na realização das tarefas/exercícios e outras atividades propostas relacionadas aos conteúdos vistos durante as aulas daquele dia – garante a aprendizagem e fixação dos conteúdos.
Um roteiro que costuma ajudar na hora de organizar o estudo posterior às aulas do dia:
1.
Comece seus estudos fazendo sempre uma leitura cuidadosa do conteúdo de cada capítulo ou item indicado em seu livro-texto ou sua apostila.
2.
A seguir, faça um resumo dos aspectos mais importantes do que você leu: seja objetivo e exato, transcrevendo a idéia essencial de cada item.
Muitas vezes é interessante criar um quadro sinótico que compare ou reúna várias informações.
3.
Compare seu resumo com os apontamentos feitos na classe: as explicações do professor podem, muitas vezes, complementar, enriquecer e facilitar o seu entendimento. Complemente o seu resumo com elas.
4.
Certifique-se de ter entendido todos os item e então passe aos exercícios.
5.
Faça todos os exercícios indicados no material ou solicitados pelo professor, mesmo que já os tenha feito anteriormente. Se você tiver possibilidade, acesse as provas de vestibulares recentes das Universidades para as quais você pretende prestar, e verifique como aquele determinado assunto costuma ser explorado nestas provas. Aí você vai encontrar novas oportunidades de treino e fixação da matéria, além de conhecer as temáticas preferenciais de cada prova, dentro daquele assunto. Isso ajuda você a se sentir mais preparado: conhecer os conteúdos é fundamental, mas também é parte importante do jogo conhecer o perfil das provas que você vai fazer!
6.
Anote todas as dúvidas que foram surgindo e resolva-as com o auxílio de seus Professores ou nos plantões de dúvidas
4 - Dicas para evitar o branco na hora da prova
Confiança na preparação desenvolvida, auto-controle, mente e corpo descansados. A hora da prova vai exigir muito mais do que o conhecimento acumulado: o preparo eficiente leva esses fatores em consideração, e o estudante capaz de administrar de forma eficiente o stress do momento reencontra seu “eixo” assim que a prova começa e produz bem. Atenção total ao descanso de mente e corpo nos dias que precedem as provas: memória, criatividade, raciocínio e fluência intelectual são diretamente proporcionais ao grau de tranqüilidade que o estudante consegue atingir, mesmo durante uma situação de prova. Por isso, encontrar “válvulas de escape” para a tensão é muito desejável.
5 - Dicas para realizar uma boa prova
Cada estudante tem sua maneira muito particular de administrar uma situação de prova, porém, algumas dicas gerais abordando o “ANTES” e o “DURANTE” podem ajudar:
1.
Na véspera e especialmente no dia da prova: faça uma alimentação leve e de forma tranqüila. Não coma coisas que você não tenha por hábito comer para evitar mal estar ou problemas digestivos no momento da prova.
2.
Organize-se: leve para a prova todo material necessário (com itens de reserva) e algum alimento (barra de cereais, bolacha, água).
3.
Certifique-se de que estará com todos os documentos necessários em ordem e prontos para serem utilizados no dia da prova.
4.
Procure chegar ao local da prova com uma hora de antecedência. Caso ocorra algum imprevisto no caminho, o tempo de sobra será suficiente para buscar uma solução.
5.
Procure fazer a prova com calma e concentração. Há tempo suficiente para fazer tudo.
6.
Vá fazendo a leitura tranqüila da prova e avaliando as questões: não gaste muito tempo em questões que você percebe que terá dificuldades para resolver. Comece pelas questões mais fáceis para garantir estes pontos, deixando as mais complexas por último.
7.
Em provas com questões tipo teste (1ªs fases da maioria dos grandes vestibulares): se tiver que "chutar" num teste, faça com inteligência. Deixe de lado as alternativas que você percebe que não podem estar corretas. Ou seja, use a técnica da eliminação e o bom senso.
8.
Nas provas com questões discursivas (1ª e 2ª fases da Unicamp, por exemplo): procure sempre escrever respostas completas, coerentemente estruturadas e de acordo com o que se pede: foco na elaboração das respostas é TUDO! Não enrole na resposta, pois você poderá perder pontos importantes.
9.
Use todo o tempo disponível e faça uma revisão nas respostas, se tiver tempo. Esta revisão serve para eliminar erros de ortografia/gramaticais numa prova escrita e imprecisões/erros relacionados aos conteúdos específicos.
6 - Quais são os principais medos dos vestibulandos? Como exterminá-los?
Há tantos!... Mas o principal costuma ser o tal do “branco” na hora da prova. Com evitar? PREPARAÇÃO INTELECTUAL e EMOCIONAL.
Outros? “E se eu não passar?”, “Será que fiz a escolha certa?” são angústias que costumam assombrar os vestibulandos...
7 - Quais os critérios a serem avaliados na hora de decidir quais vestibulares se inscrever? Vale a pena encarar três, quatro, cinco provas?
Com certeza o principal critério que define se vale ou não a pena prestar o vestibular nesta ou naquela Universidade/Faculdade é a qualidade do curso oferecido pelas instituições de ensino nas quais ele existe.
Esta pesquisa é outro ponto que gera dúvidas e ansiedade nos vestibulandos!...
O negócio é ir a campo, se informar para ter a certeza de que todo o esforço e preparação serão compensados por um curso superior de qualidade.
Optar por um curso superior em determinada faculdade pressupõe, então, que o candidato tenha buscado informações sobre a seriedade e credibilidade da instituição. São importantes nessa hora, critérios como:
1. A instituição é credenciada pelo Ministério da Educação (MEC)? O curso de interesse é autorizado a funcionar? (Esta informação e todas as outras referentes aos cursos de graduação podem ser obtidas no site do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais – Inep: www.inep.br).
2. A instituição tem demonstrado qualidade ao longo dos anos? A nota dos cursos nos últimos provões e no Enade são bons parâmetros. Para ser considerada de qualidade ela deve manter as notas ao longo do ano entre A e C.
3. O candidato a uma vaga pode conhecer o projeto pedagógico do curso, que deve ser fornecido pela instituição quando solicitado. Neste projeto a instituição deve informar a que o curso se propõe, quais são suas etapas e até os métodos de avaliação. Assim o vestibulando pode avaliar se o conteúdo oferecido por aquela instituição lhe interessa.
4. Procure saber sobre a qualificação do corpo docente e se os professores são atuantes no mercado. Além de proporcionarem aulas mais dinâmicas, eles também podem ser um canal com o mercado.
5. Qual a produção técnico/científica da instituição? Existe apoio à pesquisa?
6. Empregabilidade: procure saber onde os ex-alunos dessa instituição estão trabalhando e onde profissionais de destaque na área em que pretende atuar se formaram. Este é um indicador interessante que deve ser levado em consideração.
7. Informe-se sobre convênios de estágios e parcerias com outras empresas e instituições. Eles podem facilitar a continuidade de sua vida acadêmica e/ou sua entrada no mercado.
8. E é claro, avaliar o fator conveniência: localização e preço também devem pesar na escolha. Lembre-se, serão, em média, quatro anos freqüentando a instituição.
Profa Ângela Dauch
Profesora e Coordenadora do Ensino Médio
Professora dos cursos Preparatórios Pré-Vestibulares
Anglo Campinas-setembro de 2008
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